O vice-prefeito de Ilhéus decidiu abrir fogo contra o prefeito Mário Alexandre.
Nazal pretende denunciar o gestor titular pela prática de autopromoção, ao fazer atendimentos médicos em Inema durante um mutirão de saúde nos dia 5 e 6 de setembro deste ano.
Um parecer do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia (TCM-BA), emitido em julho de 2017, que analisou caso parecido em Baixa Grande (cidade da Chapada Diamantina) será utilizado na fundamentação.
No documento, o TCM manifestou posição contrária ao prefeito de Baixa Grande que exerceu as funções de médico e gestor municipal ao mesmo tempo.
Segundo o Tribunal, prefeitos que também são médicos não podem exercer outra atividade laborativa, mesmo de forma gratuita, pois o mandato delegado pelo povo exige dedicação exclusiva.
Além do mais, não há como separar a figura do médico da pessoa que ocupa o cargo de chefe do executivo municipal, que, ao atender pacientes gratuitamente, “estaria se autopromovendo”.
Os atendimentos autopromocionais feitos por Marão em Inema foram divulgados pela secretaria municipal de comunicação social com direito a fotos do prefeito ao lado de pacientes, prática também questionável do ponto de vista da ética médica, pois o profissional não pode expor pessoas em busca de tratamento.
Segundo Nazal, o prefeito Mário Alexandre nunca levou a saúde de Ilhéus a sério. Vários postos de saúde do interior estão fechados, faltam insumos e remédios básicos nas unidades de atendimento e crianças morreram por falta de cuidados adequados.
Conforme o vice, pesquisas indicam que a saúde continua sendo motivo de grande preocupação. “As pessoas não conseguem marcar exames de laboratório simples, e agora, de uma hora para outra, surge o prefeito fazendo exercício e propaganda ilegais da medicina, sendo que teve 33 meses para melhorar a saúde e não melhorou”, enfatizou Nazal.

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